O vento golpeia meu rosto. Olho para baixo e meus pais têm o tamanho de ervilhas.
Estou no cume de um toboágua colossal, cujo nome — não por acaso — é “insano”.
A estrutura do escorregador impressiona. Tem mais de 40 metros (o equivalente a um edifício de 12 andares) e sua rampa é praticamente vertical. Minhas pernas tremem feito maracas.
Peraí, não me entenda mal, eu jamais tive medo de altura, e quero muito escorregar. Mas o bicho é alto pra burro!
— Anda, garoto! — diz o monitor de plantão, assistindo o meu dilema impaciente. — Senão vai perder a vez…
Fupt! Escorreguei na hora.
Analisando essa cadeia hereditária de fatos…
Você deve estar se perguntando o que diabos essa conversinha mole tem a ver com marketing, certo?
Bem, muita coisa. As circunstâncias acima apresentam características bastante pertinentes a qualquer funil de compra. Vejamos por quê:
Evidência 01 – o marketing eficaz
É certo que o parque aquático foi eficiente ao divulgar sua atração, já que trouxe a mim e minha família até os confins de Fortaleza.
Evidência 02 – benefícios claros
Mesmo diante de uma longa fila, eu persisti (de tão concorrido, o brinquedo lembrava o Evolution dos bons tempos de Playcenter). E subi até o topo do tobogã convencido a escorregar.
Evidência 03 – hesitação no momento da decisão
No entanto, logo que me deparei com a queda (o risco), fraquejei. Dei aquela bambeada clássica na hora “H”.
Evidência 04 – Chamada para a ação (call to action)
Somente após o incentivo do monitor do parque, consegui tomar coragem e pular.
Momento Scooby-Doo
Vamos para a moral da história: se eu não tivesse sido encorajado a ir em frente quando estava à beira do toboágua, dificilmente teria escorregado (acredite!).
Assim como o seu cliente, que mesmo submetido a um marketing bem planejado e uma estratégia de venda assertiva, pode vacilar no momento da compra.
Nestes casos, amigão, a chamada para a ação (ou call to action, se quiser falar bonito) faz TODA A DIFERENÇA!
Isso porque, não raro, ele representa aquele empurrãozinho final para que seu cliente conclua a compra.
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Hm… Acho que não peguei direito. Dá pra explicar melhor?
Opa! Vamos lá:
Uma chamada para a ação (contextualizada no cenário do marketing) compreende quaisquer frases de efeito que incitem o leitor, ouvinte ou espectador a tomar uma atitude após a exibição de uma campanha.
Dentre as chamadas para a ação mais recorrentes estão: “Ligue agora”, “Baixe aqui”, “Cadastre-se” e “Compre já”.
Elas se fazem presentes em tudo o que é canto, inclusive em ambientes inesperados, como nas redes sociais, por exemplo.
Também é comum toparmos com um call to action no final de artigos de blogues ou portais (vide o encerramento deste post).
Call to action & e-mail marketing: um caso de amor
Podemos dizer, sem exagero, que a chamada para a ação está para o e-mail marketing, assim como a varinha de condão está para Harry Potter — já que é somente através dela que a mágica acontece!
Em outras palavras: USE-OS!
Imagine, por exemplo, que um cliente tenha se interessado por sua campanha; contudo, não encontre uma maneira simples de interagir com ela.
Levando em conta a rotina cada vez mais frenética das pessoas e o excedente de ofertas paralelas, quais são as chances do sujeito tentar contatá-lo através do seu site? Ou mesmo ligar pra você?
Deu pra sacar por que o uso do call to action é primordial? 😉
Dentro do corpo de um e-mail, as chamadas para a ação geralmente ocorrem por intermédio de botões de interação, conforme os exemplos abaixo:
Dicas para um call-to-action arrasa-quarteirão!
Antes de finalizar, bravo guerreiro do marketing, devo dizer que estou orgulhoso por você ter chegado até aqui!
E para recompensar sua determinação, listei abaixo 10 dicas de ouro para você botar pra quebrar com seus botões de interação:
1# Fuja do “clique aqui”
Frases padrão não estão com nada. Personalize o texto do botão com uma chamada que exprima exatamente o benefício oferecido. Ex: “Teste o serviço de GRAÇA!”, “Saiba mais sobre este produto” ou “Pegue seu desconto aqui”.
2# Não esconda o tesouro
Reserve uma posição de destaque para os botões de interação (logo nos primeiros 200px da peça ou ao final da mensagem). Se o usuário tiver de procurá-lo, meu chapa, é possível que desista da compra. Talvez para sempre!
3# Sem miséria
Os botões de interação devem ser grandes, escandalosos e saltar aos olhos do usuário (inclusive em plataformas mobile). Portanto, vitamine suas proporções sem dó!
4# Capriche na maquiagem
Pinte o botão com cores que tenham bom contraste em relação à peça, preferencialmente verde, amarelo ou laranja. Abuse das fontes garrafais e, se possível, acrescente sombras projetadas nele também. Aqui vale a mesma regra dos ex-BBBs: tudo para chamar a atenção!
5# Não enrole
Chamadas para a ação devem ser curtas e objetivas. Se o texto da chamada tiver quebra de linha, ele já perdeu a força.
6# Mostre quem manda!
Jamais adote linguagem passiva no texto do botão. Seja imperativo. Lembre-se: o cliente não pode vacilar na hora “H”, portanto, conduza a sua decisão. Esqueça o “Quer saber mais sobre o produto?” e vá logo de “Saiba mais!”.
7# Timming
Assim como nas esquetes de comédia, o timming é fundamental em um call to action. O botão tem de estar relacionado ao conteúdo que o antecede e, pelo amor de Deus, linkado ao destino prometido (quem já clicou num botão para assistir a um vídeo e se deparou com uma página de fertilização masculina sabe do que eu estou falando…).
8# Quem foi que disse?
Depoimentos aumentam as taxas de cliques nos botões de interação. Os internautas são criaturas desconfiadas por natureza, e uma declaração verídica, validando a proposta da campanha logo acima do botão, ajuda construir uma relação de confiança com eles.
9# Um é pouco, dois é bom…
Uma das premissas dos botões de interação é a visibilidade. Logo, não vá entupir sua campanha com chamadas para a ação, ok? Três botões está pra lá de bom!
10# Um pé cansado para cada sapato velho
Aponte os botões para páginas específicas do seu site, se possível, para landing pages exclusivas. Quanto mais dirigido for o conteúdo da página de destino, melhor será a sua taxa de conversão.
***
Bem, amigo, é aqui que me despeço.
Até a próxima e um ótimo início de ano a todos! (Se bem que o ano só começa mesmo depois do Carnaval, né? :/)
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