O envio de e-mails como estratégia de marketing se tornou uma prática bastante comum atualmente. Empresas e profissionais dos mais diversos ramos estão explorando essa moderna ferramenta de aproximação, divulgação e promoção de produtos e serviços.
Porém, essa é uma prática que requer certos cuidados, pois, quando executada de forma inadequada, pode gerar o efeito contrário, fazendo com que o seu domínio seja colocado na temida “Blacklist”.
Você sabe o que é a Blacklist? Sabe por que fazer parte dela é tão prejudicial para a imagem e a eficiência do seu e-mail marketing? Não? Então está na hora de mudar isso. Continue lendo e descubra um pouco mais sobre o tema!
Blacklist: o que é isso?
A expressão, com tradução literal para “Lista Negra”, é um conceito de computação que consiste em bloquear algum tipo de acesso, normalmente utilizado em firewalls, proxys, servidores de e-mail e servidores de conteúdo.
Em linhas mais práticas, a Blacklist nada mais é do que uma lista na qual os p de e-mail inserem os domínios de remetentes com baixa reputação.
Ela é uma forma de evitar que spams, mensagens com conteúdo inapropriado e outros tipos de ações indesejadas lotem a caixa de entrada dos usuários.
Entenda como a Blacklist funciona
Normalmente, o administrador do seu sistema prepara uma lista de acessos (IPs e/ou domínios) que estão prejudicando os serviços que ele está disponibilizando nos seus servidores.
Por meio de informações dos próprios usuários, como a sinalização de conteúdo inconveniente e spam, os provedores de e-mail passam a monitorar as atividades desses remetentes e, dependendo da reputação do remetente, podem inseri-lo nessa lista.
Uma vez na Blacklist, os “spammers” — como também são conhecidos — ficam temporária ou permanentemente proibidos de acessarem os recursos desses provedores.
Blacklist x E-mail marketing
Uma campanha de e-mail marketing mal planejada pode criar problemas para clientes que não estão interessados em receber a mensagem, seja estourando o limite de capacidade da caixa da pessoa, consumindo recursos de rede do servidor, ou incomodando o usuário com mensagens não solicitadas por ele.
O administrador do servidor de e-mail pode e bloqueará os IPs e domínios das mensagens que não interessam aos seus usuários, garantindo para eles a melhor qualidade do serviço disponibilizado.
A “lista negra” tem uma relação direta com o sucesso de uma campanha de marketing, visto que a reputação dos e-mails afeta a sua entregabilidade, ou seja, diminui o alcance e a visibilidade das mensagens.
Por isso, é extremamente importante planejar estrategicamente a campanha de e-mail marketing para que o seu domínio não vá parar nessa lista.
Blacklist colaborativa: ainda é possível piorar
Hoje, é muito comum que o administrador utilize uma Blacklist colaborativa. Diversos administradores criam uma mesma lista e a compartilham e, dessa forma, fica mais simples bloquear IPs e domínios que prejudicam os serviços disponibilizados por eles.
Uma vez que um domínio ou IP é bloqueado em uma Blacklist colaborativa, o efeito é a reação em cadeia e o prejuízo pode ser enorme.
Engana-se quem pensa que, ao trocar de provedor de e-mail, vai solucionar o problema. Com listas compartilhadas, os provedores têm informações integradas de todos os maus remetentes de e-mail.
Conheça as 10 principais Blacklists colaborativas:
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- ZEN Spamhauss;
- SURBL;
- URIBL;
- Barracuda Central;
- SpamCop;
- Senderscore;
- SORBS;
- AHBL;
- Abuse.ch;
- RATS-NoPtr.
Os critérios de uma Blacklist
De longe, este é o maior problema de uma Blacklist colaborativa: cada administrador pode utilizar uma métrica diferente para bloquear o seu IP/domínio/acesso e isso pode dar origem a muitos “falsos positivos”, bloqueando domínios que não estão necessariamente prejudicando o serviço disponibilizado pelo administrador.
Em geral, existem alguns critérios básicos utilizados pela maioria das Blacklists na hora de decidir quais IPs, domínios e sites serão bloqueados. Confira:
- envio de mensagens com conteúdo malicioso, pornográfico e criminoso;
- envio de mensagens em demasia ou identificadas como SPAM;
- sites que, quando acessados, baixam vírus automaticamente;
- softwares maliciosos.
Segundo a Return Path, empresa especializada em inteligência de rede, quando um e-mail ou IP é inserido em uma Blacklist, a inclusão pode durar de 1 a 15 dias e as chances de serem listados aumentam muito em épocas com maior número de envios, como no Natal e nas férias de julho.
E o Brasil saiu na frente…
No ranking de países mais listados em Blacklists, o Brasil ganha em disparada: 79% dos endereços de IP foram listados pelo menos uma vez.
Entre os países com taxas menores, está o Japão, com 0% de registros. A Itália fica logo atrás, com apenas 2%. (Fonte: Return Path – Infographic Blacklist)
É possível evitar bloqueios e garantir sucesso do seu e-mail marketing
Ao utilizar o e-mail marketing como forma de promover sua marca ou seus serviços, é plenamente possível obter bons resultados e não sofrer com a Blacklist. No entanto, para que isso aconteça, é imprescindível adotar alguns cuidados básicos, como:
Não utilize bancos de e-mail
Muitos anunciantes, na tentativa de atingir um maior número de pessoas mais rapidamente, recorrem a compra de bancos de dados de e-mail.
Porém, essa é uma prática que pode se tornar muito prejudicial, pois não se sabe se os e-mails são falsos e se pertencem a pessoas que integram o público-alvo dos anúncios. Isso já basta para reduzir a reputação dos seus e-mails e torná-los pouco efetivos.
Estabeleça uma frequência moderada de envios
Esse é um dos pontos que mais prejudicam os remetentes. Na tentativa de gerar conversões e conseguir mais clientes, os remetentes acabam enviando mensagens em demasia, fazendo com que o usuário se irrite e se desinteresse pelos anúncios.
Dessa forma, é fundamental estabelecer uma rotina moderada de envios, de forma a dar tempo de o usuário interagir com a proposta e também para não lotar a sua caixa de entrada.
Segmente envios de acordo com a oferta
Na hora de disparar e-mails marketing, é altamente positivo segmentar o envio de acordo com o tipo de oferta.
Essa medida melhora a atratividade dos anúncios, pois o seu conteúdo está alinhado aos interesses dos destinatários e, consequentemente, eleva o engajamento da estratégia de marketing e a sua reputação.
Além de evitar as práticas listadas, também é recomendado não enviar mensagens para domínios desconhecidos e seguir as orientações do CAPEM (Código de Autorregulamentação para a Prática de E-mail Marketing) e avaliar a possibilidade de se tornar um certificado da White List (Return Path) para melhorar a entrega de suas mensagens.
Como você viu, embora a Blacklist seja um problema para as campanhas de e-mail marketing, é possível desenvolver uma estratégia efetiva sem se preocupar com essa temida lista. Quer saber mais sobre o assunto e entender como tudo funciona? Então aproveite o embalo e baixe gratuitamente o nosso e-book “Boas praticas para e-mail marketing”!
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